Visita a Bath

O que fizemos em uma visita a Bath, cidade linda no sudoeste da Inglaterra

A cidade de Bath, no sudoeste da Inglaterra, é uma gracinha. Acho até que “gracinha” é muito pouco para qualificar esta cidade que é considerada, como um todo, Patrimônio Cultural da Humanidade. Linda, Bath é uma cidade linda.

O nome Bath (banho em português) deve-se ao fato de que na cidade existem três fontes naturais de água quente.

Os romanos, quando da invasão às Ilhas Britânicas no primeiro século d.C., aproveitaram a maior das fontes construindo em sua volta o que hoje chamamos Termas Românicas (Roman Baths) juntamente com um templo em homenagem à deusa Sulis Minerva.

Termas Românicas de Bath

A visita às Termas Românicas é um dos programas obrigatórios em Bath e foi exatamente por aí que começamos nosso dia em Bath.

Na visita aprendemos que, depois da partida dos romanos, o templo por eles construído foi demolido e os banhos foram sendo soterrados à medida que se passaram os séculos.

Somente por volta do ano 1100 foram construídos, diretamente em cima da nascente principal e sobre as ruínas românicas, os chamados King’s Baths (Banhos do Rei).

A água, além de ser usada para banhos terapêuticos, se tornou também apreciada para beber e, por isso foi construído o Pump Room, local que era destinado à degustação da água e onde atualmente funciona uma casa de chá.

A construção sofreu várias alterações, mas o que vemos hoje é sobretudo obra dos séculos XVIII e XIX.

A primeira redescoberta de parte da construção dos romanos ocorreu em princípios do século XVIII, mas somente em 1880 a maior parte das Termas Romanas foi escavada e foi revelada a verdadeira dimensão da obra original.

Atualmente, visitamos as ruínas escavadas e podemos ver objetos importantes da época, como, entre outros, o frontão proveniente do templo romano e a cabeça em bronze dourado da deusa Sulis Minerva.

Arquitetura de Bath

Além das Termas Românicas, Bath é também famosa pela sua arquitetura. O status de Patrimônio Mundial da UNESCO foi recebido justamente pelo conjunto arquitetônico da cidade.

Os prédios foram construídos principalmente no século XVIII quando os banhos se tornaram muito populares e atraíam diversos visitantes. Para hospedar tanta gente, foram construídas casas com fachada elegante, mas que destinavam-se a abrigar os turistas.

O estilo arquitetônico predominante é o chamado “Georgiano”, e o que vemos é uma sucessão de prédios construídos em um pedra local com um tom de bege muito bonito, a Bath Stone.

Dois arquitetos, pai e filho, são os responsáveis por diversas construções da cidade e é deles o projeto do Royal Crescent, conjunto de casas geminadas em forma de meia lua e do Circus, outro conjunto, esse em forma de círculo.

Passeio de ônibus turístico na visita a Bath

Nós fizemos um passeio pela cidade a bordo do ônibus que dá direito a entrar e sair em diversos pontos da cidade (informações aqui).

Pegamos o ônibus bem perto das Termas e da Abadia de Bath, outra construção linda da cidade.

Depois do passeio de ônibus, aproveitamos para caminhar um pouco pelos becos e ruazinhas da cidade.

Bath é também famosa pelo comércio independente e, em dezembro, pelo mercado de Natal que se instala nos arredores da Abadia.

Pulteney Bridge em Bath

O rio que cruza Bath se chama Avon, mas não é o mesmo rio que passa pela cidade de Shakespeare, Stratford-upon-Avon. 

Este Avon liga Bath a Bristol, maior cidade da região. Sobre o Avon, há uma linda ponte, a Pulteney Bridge, que é conhecida como Ponte Vecchio de Bath.

Na verdade, dizem que o projeto no qual se baseia a ponte Pulteney foi um da Ponte Rialto em Veneza, de autoria do famoso arquiteto italiano Andrea Palladio. O projeto de Palladio não foi usado em Veneza, mas inspirou o arquiteto britânico.

Bath e Jane Austen

Bath é também uma das cidades em que a escritora britânica Jane Austen viveu e quem é fã pode conhecer o Jane Austen Centre.

Situado em uma dessas casas em estilo georgiano, o centro tem uma exposição permanente sobre a escritora, o tempo em que ela viveu na cidade e os efeitos que essa experiência teve em sua vida e seus romances. 

No segundo andar, funciona uma casa de chá, também ambientada no século XIX, a Regency Tea Room.

Há muito mais que se fazer em Bath e é realmente uma pena ficar na cidade somente um dia. Mas tínhamos que seguir viagem e assim nos despedimos do local que nos recebeu com o céu azul, sem nenhuma nuvem, do horário em que chegamos até o final do dia.

Impossível não querer voltar!

Para saber como ir de Londres a Bath, leia este post.

Visitamos Bath a convite do órgão local de turismo, VisitBath, em 2015.

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